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domingo, 26 de junho de 2011

IGREJA DISPERSA


Igreja dispersa
Ataques geram enfraquecimento de Igrejas

NIGÉRIA - Em uma vila fora do Estado de Bauchi, com população predominantemente muçulmana, uma comunidade cristã desapareceu.
Em março, os camponeses da aldeia cristã de Mdandi, em Tafawa Balewa, estavam ocupados com a colheita e se preparavam para a nova temporada de plantação. No dia 27 de março, uma multidão de muçulmanos extremistas desceu para a cidade de Mdandi, destruindo casas e expulsando os cristãos que moravam ali.
O ataque a Mdandi foi precedido por uma investida feita em 10 de fevereiro, quando muçulmanos entraram em conflito com jovens cristãos. Alguns dos cristãos que estavam presentes nesse dia foram feridos.
"No primeiro ataque, tentamos proteger a nós mesmos e a nossas famílias", disse Luka Zafi, pastor da Igreja de Cristo na Nigéria (COCIN). "Eles perceberam que não conseguiriam nos expulsar, então desistiram. Nós pensamos que não seríamos atacados novamente, mas eles saíram e retornaram mais uma vez, e todos armados com metralhadoras. Nós não poderíamos lutar, já que não tínhamos o mesmo armamento que eles. Então fugimos da aldeia e eles destruíram nossas duas igrejas e nossas casas", disse ele.
O Pastor Zafi, cuja casa foi demolida em 27 de março, disse que o edifício de sua igreja junto com o templo de uma igreja católica foram incendiados. Muitos cristãos tiveram de ser deslocados para outras regiões do país.
O Pastor Zafi ainda disse que sua igreja tinha cerca de 50 membros, que agora foram dispersos por várias aldeias. Ele lamenta que as vítimas do ataque ainda não recebam nenhuma assistência do governo federal ou estadual. "Se nada for feito com relação a essa situação, receio que os cristãos nesta parte do país sejam extintos."
Uma das razões para a lentidão do governo em investigar as ações islâmicas, além do descaso de agências de notícias ocidentais, é que eles são acusados de roubar o gado da população muçulmana nômade, relatam os cristãos. Mas segundo os próprios cristãos, nem todas as pessoas da região sabem que os agricultores cristãos possuem gado.
Tradução e fonte: Lucas Gregório l www.portasabertas.org.br

domingo, 28 de setembro de 2008

Noções De Cronologia Bíblica

Noções De Cronologia Bíblica


A cronologia Bíblica é quase toda incerta, aliás, toda a cronologia antiga. As datas eram contadas tomando-se por base eventos importantes da época, e isso dentro de cada povo. Não havia, é óbvio, uma base geral para cômputo do tempo.

Quanto à Bíblia, seus escritores não tinham preocupação com datas. Apenas registravam os fatos. As datas, quando mencionadas, tinham por base eventos particulares, como construção de cidades, coroação de reis, etc.

As descobertas arqueológicas e o estudo mourejante de dedicados eruditos no assunto, vêm melhorando e precisando a cronologia em geral, inclusive a bíblica.


As datas que aparecem às margens de certas edições da Bíblia não pertencem ao texto original. Foram calculadas em 1650 pelo arcebispo anglicano Ussher (1580-1656.) É conhecida por Cronologia Aceita. A cronologia de Ussher vem enfrentando severa crítica. Há divergências quanto a muitas de suas datas, isso em face do progresso do estudo de assuntos orientais, através de contínuas pesquisas e descobertas arqueológicas. Quanto à Bíblia não se ocupar de um exato sistema de cronologia, lembremo-nos que ela é acima de tudo a revelação de Deus à humanidade, expondo o completo plano da redenção.


A. A utilidade da cronologia bíblica. Ela fornece pontos de referência na progressão da mensagem e fatos da Bíblia, situando-os no tempo.

B. Dificuldades no estudo da cronologia bíblica. Uma das dificuldades no estudo da cronologia bíblica está no próprio texto bíblico. Há, especialmente na época dos Juizes, do reino dividido, e dos profetas, muitos períodos coincidentes em parte, reinados associados, intervalos de anarquia, arredondamento de números, etc. Para a busca da solução dessas dificuldades é mister um profundo exame dos textos envolvidos.


C. A era antes de Cristo (a Era AC.). A contagem do tempo que vai de Adão a Cristo é feita no sentido regressivo, isto é, o cômputo parte de Cristo para Adão, e não ao contrário. Noutras palavras, partindo de Adão para Cristo, os anos diminuem até chegarmos a 1 A.C. Portanto, de Cristo para Adão (o normal), os anos aumentam até chegarmos ao ano 4004 AC, tido como o da Criação adâmíca. É que Jesus é o centro de tudo. E também o marco divisório e central do tempo. Ver Hb 11.3, no gr.

D. O erro existente em nosso calendário atual. O uso do calendário é tão antigo quanto a própria humanidade. Os primeiros povos a usar calendário foram os antigos egípcios. Há calendários diversos, O leitor moderno que só tenha noções do nosso calendário precisa aperceber-se disso ao estudar assuntos antigos. Nestas nossas concisas e incompletas notas, reportamo-nos unicamente ao calendário cristão, do qual, o calendário atual é uma continuação.

Em 526 AD, o imperador romano do Oriente, Justiniano I, decidiu organizar um calendário original, entregando essa tarefa ao abade Dionísio Exiguus, o qual em seus cálculos cometeu um erro, fixando o ano 1 AD (o do nascimento de Cristo) com um atraso de 5 anos. Em seus cálculos ele tomou o calendário romano (o chamado "AUC") e fixou o ano 1 AD (o início da Era Cristã), como sendo 753 AUC, quando na realidade era o 749. Daí dizer-se que Jesus nasceu 5 anos antes da Era Cristã. O que é um absurdo se não for dada uma explicação. Nossos livros e tratados apenas declaram o fato do engano do abade, mas não o explicam. Portanto, as datas atuais estão atrasadas 5 anos. Estritamente falando, são quase cinco anos. Trata-se de arredondamento.

Nota 1. O calendário atual chama-se Gregoriano, porque em 1582 o papa Gregório XIII alterou o calendário de Dionísio, subtraindo-lhe dez dias, a fim de corrigir a diferença advinda do acúmulo de minutos a partir de 46 AC, quando Júlio César reformou o calendário então existente.

Nota 2. A palavra calendário vem do latim "calenda" = 1º dia de cada mês entre os romanos.
E. As divisões do tempo.

1. O dia. Entre os judeus e romanos era dividido em 12 horas, isto é, o período em que há luz. Entre os judeus, o dia ia de um por de sol a outro. Entre os romanos, ia de uma meia-noite a outra. As horas do dia e da noite eram contadas separadamente, isto é, doze e doze; isto entre judeus e romanos. Ver Jo 11.9 e At 23.23. Entre os judeus a Hora Primeira do dia era às seis da manhã. O mesmo ocorria em relação à noite.

2. A semana. Entre os hebreus, os dias da semana não tinham nomes e sim números, com exceção do 6º e 7º dias, que também tinha nomes, Lc 23.54.

3. Os meses. Eram lunares. A lua nova marcava o início de cada mês, sendo esse dia festivo e santificado, Nm 28.11-15; I Sm 20.5; I Cr 23.31; II Rs 4.23; S181.3; Is 1.13; Cl 2.16. Tinham 29 e 30 dias alternadamente. Antes do exílio babilônico eram designados por números. Depois disso, passaram a ter nomes e números.

4. Os anos. Tinham 12 meses de 29 e 30 dias alternadamente, perfazendo 354 dias. Os judeus observavam dois diferentes anos: o sagrado, começando em Abibe (mais ou menos o nosso abril), e o civil, começando em Tisri (mais ou menos o nosso outubro.)

5. Os séculos. Sua computação.
Século I. Compreende os anos 1 a 100 AD.
Século II. Compreende os anos 101 a 200 AD.
Século III. Anos 201 a 300, e assim por diante.

F. Cronologia resumida dos principais fatos e eventos bíblicos.
Fato Duração Período
O mundo antediluviano 1600 anos 4004-2400 AC
Do Dilúvio a Abraão 400 anos 2400-2000 AC
Os patriarcas Abraão, Isaque, Jacó 200 anos 2000-1800 AC
Israel no Egito 400 anos 1800-1400 AC
Período dos Juízes 300 anos 1400-1100 AC
A monarquia Israelita (Saul, Davi, Salomão) 120 anos 1053-933 AC
O Reino dividido 350 anos 933-586 AC
Queda do Reino do Norte (Samaria) - -721 AC
O exílio babilônico (Judá) 70 anos 606-536 AC
Restauração da Nação Israelita 100 anos 536-432 AC
Ministérios dos profetas literários 400 anos 800-400 AC
Nascimento de Jesus - +- 5 AC
Ministério de João Batista - 29 AD
Ministério de Jesus 3 anos 30-33 AD
Conversão de Paulo - 35 AD
Fundação das igrejas da Ásia Menor

e Europa, por Paulo 15 anos 50-65 AD
Início da revolta dos judeus contra os romanos - 66 AD
Destruição do Templo de Jerusalém - 70 AD
Escrito o Apocalipse (o último Livro da Bíblia,

por João, o Apóstolo) - 96 AD
Morte de João, o Apóstolo - 100 AD

Nota 1. Profeta Literário é o que deixou escritos seus.
Nota 2. O Templo ao ser destruído no ano 70 AD, tinha apenas seis anos de terminada sua construção (64 AD.)

G. Cronologia dos impérios mundiais. Isto é, a fase em que exerceram supremacia sobre o mundo conhecido.

Egito 1600-1200 AC
Assíria 900-607 AC
Babilônia (o neo-império) 606-536 AC
Pérsia 536-331 AC
Grécia 331-146 AC
Roma 146 AC - 476 AD
Autor: Antonio GilbertoFonte: Manual da Escola Dominical / CPAD

NEW LIFE MISSION


NEW LIFE MISSION - E o estranho evangelho de João Batista


Publicado em 12/29/2006

Eguinaldo Hélio de Souza - Centro Apologético Cristão de Pesquisas - CACP Defesa da Fé.



"Ora, eu vos lembro, irmãos, o evangelho que já vos anunciei; o qual também recebestes, e no qual perseverais, pelo qual também sois salvos, se é que o conservais tal como vo-lo anunciei; se não é que crestes em vão.



Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; que foi sepultado; que foi ressuscitado ao terceiro dia, segundo as Escrituras" (I Co. 15.1-4).



Um outro evangelho está sendo proclamado a partir da Coréia. Denominado "verdadeiro evangelho da água e do espírito", pela Internet, e-books e livros impressos e distribuídos gratuitamente com alta qualidade gráfica, esse evangelho está sendo disseminado em todo o mundo.



Seu proclamador é Paul C. Jong, pastor coreano que alega ter recebido a verdadeira revelação do evangelho que não foi anunciado desde a época de Constantino. Para quem pensa que "de graça se aceita a te injeção na testa", é bom verificar se vale a pena receber uma mensagem que o afaste do destino pretendido.



Fazendo interpretações alegóricas sem apoio escriturístico, atribuindo aos textos bíblicos significados que eles não possuem e inventando sentidos estranhos para determinadas palavras e expressões, a New Life Mission vem semeando sua confusa mensagem no Brasil e no mundo.



As diferenças entre a sua doutrina e a doutrina evangélica são tão sutis que já existem sites evangélicos indicando a leitura de livros desse grupo, sem se dar conta de que a aceitação da doutrina New Life implica em autocondenação, uma vez que Paul C. Jong afirma não haver salvação para quem não aceita seus ensinos.


Alertamos que tanto pior se torna a mentira quanto mais parecida ela for com a verdade.



EM QUE CONSISTE ESTE ESTRANHO EVANGELHO?



Poderíamos sintetizar a mensagem distorcida de Paul C. Jong da seguinte forma: "O batismo de Jesus era o meio pelo qual Cristo levou todos os nossos pecados para nos salvar. Jesus foi batizado por João Batista para levar todos os nossos pecados sobre Ele".



'A princípio, esta parece ser a única diferença na sua mensagem. Mas, para sustentá-la, ele será obrigado a lançar mão de muitas distorções, falsas interpretações e sutilezas que afetarão o evangelho de modo completo. Suas afirmações não só vão contra diversos pontos da mensagem cristã como também atingem pontos essenciais do cristianismo.



Segundo Jong, para que alguém seja salvo não basta apenas crer que Jesus morreu por seus pecados, é necessário crer também que o batismo de Jesus nas águas do Jordão efetuado por João Batista tem poder salvífico. Naquela ocasião, João estaria representando toda a humanidade e, ao batizar Jesus, teria simbolicamente colocado sua mão sobre a cabeça dele, transferindo todos os nossos pecados, como era feito com os animais sacrificados na Antiga Aliança. A partir de então, Jesus já estaria carregando os pecados da humanidade como o Cordeiro de Deus. Assim, na cruz, Cristo apenas estaria sendo julgado pelos pecados que já carregava. João Batista é considerado o último sumo sacerdote do Antigo Testamento.



MAIS "UM EVANGELHO" DOS ÚLTIMOS DIAS.



Para o pastor coreano, este não é apenas um ponto na mensagem cristã,mas um ponto vital da mesma, tão ou mais vital do que a cruz, sem o qual o homem não pode ser salvo. O evangelho teria perdido esta parte de sua mensagem nos tempos de Constantino, para só recuperá-la agora, no final do século 20. Ou seja, após cerca de 1700 anos de silêncio, esta tão importante verdade teria ressuscitado pelas mãos de Jong: "Este verdadeiro evangelho tem-se mantido vivo nas mãos de alguns que seguiram as Escrituras desde a época dos apóstolos. Tal como um rio que desapareceu abaixo do solo emerge novamente nas terras baixas, o verdadeiro evangelho veio à tona nos últimos dias para ser proclamado ao mundo inteiro".



Apesar desse ensino, ele não diz quem são estes que mantiveram vivo o referido "verdadeiro evangelho". Não temos conhecimento de nenhum grupo ou seita, antigo ou moderno, que tenha posicionado as coisas nestes termos. Jong admite que "Este é o primeiro livro do mundo de hoje que fala do evangelho do batismo de Jesus como está escrito na Bíblia".



Com essas afirmações, ele segue a trilha normal dos falsos profetas que fundaram movimentos mundiais, como Charles Taze Russel e Joseph Smith, os quais também alegavam ter resgatado um evangelho que estivera escondido desde os primeiros séculos do cristianismo. Parecem ignorar que o ensino do Novo Testamento não é de que nos últimos dias o evangelho seria resgatado, mas, sim, deturpado por falsas doutrinas (lTm4.1-4).




O EVANGELHO DE JOÃO BATISTANesse evangelho, João Batista não é apenas alguém que não se julga digno de carregar as sandálias do Messias, mas assume o papel de co-salvador, sem o qual não haveria possibilidade de redenção. Não é um mero arauto, um precursor divinamente enviado, mas um homem de tamanho destaque e importância que esse evangelho recebe sua autoria: "Evangelho de João Batista". Paul C. Jong reclama que "temos a tendência de pensar demasiadamente em Jesus e ignoramos muito sobre João Batista, que chegou antes dele".



Será que é porque os próprios autores do Novo Testamento assim o fizeram? Será que é porque Jesus é citado enfaticamente em todos os livros do Novo Testamento, bem como predito no Antigo, enquanto João Batista aparece apenas em cinco dos vinte e sete livros? Será que é porque o próprio João disse: "Importa que ele cresça e eu diminua?" (Jo 3.30). Será que é possível realmente pensar demasiadamente em Jesus? O apóstolo Paulo afirmou:



"Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado" (lCo 2.2). Não há qualquer referência a João Batista em suas cartas, que constituem quase um terço do Novo Testamento e são a mais completa exposição da doutrina cristã. O próprio Paulo também só enfatizou Jesus e ignorou João Batista.A devoção da New Life por João é que vai além do normal. Jong o coloca como co-redentor da humanidade: "E por meio de João Batista e de Jesus Cristo, Deus realizou a salvação da humanidade. Somos salvos de todos os nossos pecados crendo na obra de redenção realizada por intermédio de João Batista e de Jesus Cristo".




Mas a verdade é que "em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos" (At 4.12).



Em uma exaltação de João Batista quase idolátrica, lemos uma suma daopinião de Jong sobre o significado do ministério dele: Resumindo, se João não tivesse colocado as suas mãos sobre a cabeça de Jesus, emoutras palavras, se ele não tivesse batizado Jesus, será que mesmo assimpoderíamos ser redimidos? Não. Façamos uma retrospectiva. Se Jesusnão tivesse escolhido João Batista como representante de toda ahumanidade e tivesse removido todos os pecados por meio dele, será que Ele poderia tirar os nossos pecados? Não, ele não poderia.



Jong continua ensinando ainda que em João 1.6 está o fato mais importante do evangelho, pois nos fala sobre quem cumpriu a tarefa de passar todos os pecados do mundo para Jesus,7 porém, o texto nada diz sobre esse ato de "passar os pecados do mundo para Jesus", e muito menos que esse seja o fato mais importante do evangelho. Antes, os fatos mais importantes do evangelho são a morte e a ressurreição de Cristo. O "evangelho" pregado pela New Life não é verdadeiro, mas uma criação da imaginação de Paul C. Jong, seu idealizador.



O que foi feito com João Batista no estranho evangelho pregado por Jong é muito semelhante ao que o catolicismo fez com Maria. Tomou uma figura coadjuvante nos escritos neotestamentários e a transformou em astro principal.



JOÃO BATISTA, O REPRESENTANTE DE TODA A HUMANIDADE



Não importa que Jong tenha afirmado isso diversas vezes em seu livro, não existe, em nenhum lugar dos evangelhos, e muito menos no restante do Novo Testamento, alguma afirmação de que João Batista estava representando toda a humanidade quando batizou Jesus.



Tentando provar suas afirmações na Bíblia, diz Jong: "Vamos descobrir o que os quatro evangelhos falam sobre João Batista, quem ele era, porque ele foi chamado de representante da humanidade ou o último sumo sacerdote.. ." Todavia, esta é apenas mais uma das sutilizas do autor. Em nenhum lugar dos quatro evangelhos João é chamado de representante de toda a humanidade. Aliás, Jong deve ser o único que criou e usa esta estranha expressão.



O catolicismo também atribui a João, desta vez o apóstolo, o título de representante de toda a humanidade, quando Maria lhe fora entregue por mãe (Jo 19.26,27). Neste particular, o objetivo da Igreja Católica é justificar o título que confere a Maria: "Mãe de toda a raça humana". Isso não é exegese (interpretação de dentro para fora), mas, sim, eixegese (interpretação de fora para dentro), porque não se empenha em extrair o sentido do texto, mas em atribuir um sentido ao mesmo. Não é uma tentativa de entender o que o texto diz, mas de fazer que o mesmo diga o que a pessoa quer que ele diga.



JOÃO BATISTA NÃO FOI SUMO SACERDOTE EM NENHUM SENTIDO"



Por que precisamos entender a linhagem de João? Porque a Bíblia nos diz que João é o sumo sacerdote da humanidade".9 Mas isso também não é verdade. O sumo sacerdócio era uma instituição de Israel e não universal. Somente o sacerdócio de Jesus Cristo, segundo a ordem de Melquisedeque (Hb 5.10), tem abrangência universal. Antes de Jesus, não existia algo como um "sumo sacerdote da humanidade".



Querer utilizar a genealogia de João Batista como argumento é usar uma base contraditória. Se ele é o "sacerdote da humanidade", por que traçar sua linhagem de Israel? Israel, no tempo de João Batista, já tinha um sumo sacerdote legítimo no Novo Testamento (Jo 11.49-51). Colocá-lo como sumo sacerdote somente por ter batizado Jesus é tão fora de possibilidade como o absurdo de um escritor moderno que deu a Judas Iscariotes o papel de sumo sacerdote porque ele "entregou" o Cordeiro para ser sacrificado.



O SIGNIFICADO DO BATISMO DE JESUSA.



New Life Mission ensina que quando João batizou Jesus transferiu todos os pecados da humanidade para Ele e que, desde então, o Senhor exerceu seu ministério "carregando os pecados da humanidade". Este seria o significado da expressão "assim nos convém cumprir toda a justiça" (Mt 3.15). Dentro desse contexto, Paul C. Jong interpreta a expressão: "O que significa cumprir toda a justiça? É lavar todos os pecados, transferindo-os para Jesus"O cristianismo, até os nossos dias, tem sido o cristianismo do calvário, onde Jesus deu sua vida por nós e nos salvou. Esta nova doutrina fala agora de um cristianismo do Jordão, onde Jesus foi batizado, assumindo ali o pecado da humanidade. Não basta crer na cruz de Cristo para ser salvo, é necessário também crer neste batismo salvífico. Jong declara que "Jesus tirou todos os meus pecados com o seu batismo e como seu sangue".1 Todavia, a Bíblia só fala do sangue e da cruz como fontes de purificação, perdão e salvacão (Rm 3.25; Cl 1.20; Hb 9.15; lJo 1.7). Vale ainda notar que nenhum dos sermões dos apóstolos, no livro de Atos, faz quaisquer referências a respeito dessa questão.Todos os falsos mestres e seitas edificam seu corpo doutrinário em pontos difíceis de entender, como já dissera o apóstolo Pedro (2Pe 3.16). As testemunhas-de-jeová, por exemplo, constroem sua doutrina da ressurreição de Jesus baseados em lPedro 3.18, e os mórmons ensinam seu batismo pelos mortos em lCoríntios 15.29. Com certeza, isso ocorre porque seus ensinos não conseguem subsistir diante dos textos evidentes. Este tipo de hermenêutica é mortal, e Paul C. Jong quer basear a sua em Mateus 3.15.



QUANDO SE DIZ O QUE A BÍBLIA NÃO DIZ



"E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do homem, profetiza contra os profetas de Israel que profetizam, e dize aos que só profetizam de seu coração: Ouvi a palavra do SENHOR; assim diz o Senhor DEUS: Ai dos profetas loucos, que seguem o seu próprio espírito e que nada viram! Os teus profetas, ó Israel, são como raposas nos desertos. Não subistes às brechas, nem reparastes o muro para a casa de Israel, para estardes firmes na peleja no dia do SENHOR. Viram vaidade e adivinhação mentirosa os que dizem: O SENHOR disse; quando o SENHOR não os enviou; e fazem que se espere o cumprimento da palavra" (Ez 13.1-6).



Constantemente, Paul C. Jong afirma em seus livros que "a Bíblia diz", quando, na verdade, ela não diz o que lhe é atribuído. Qualquer pessoa fica reverente quando ouve o que a Bíblia diz. Todavia, é mais prudente ser como os bereanos e verificar nas Escrituras se as coisas são realmente assim, isto é, se realmente diz o que alegam que está dizendo (At 17.11,12).Há muitas sutilizas nas colocações de Jong. Em certas frases, ele utiliza palavras e interpretações bíblicas corretas, misturando-as com suas próprias idéias. Dessa forma, joio e trigo se mesclam, confundindo muitos cristãos, a ponto de levá-los a aceitar suas idéias como verdadeiras. Mas convém examinar bem todas as coisas. "Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo" (Cl 2.8).A seguir, algumas distorções da New Life Mission:"Ele caminhou para a água e abaixou sua cabeça diante de João: 'João, batiza-me agora, pois assim nos convém cumprir toda a justiça. Estou pronto para tirar todos os pecados do mundo e libertar toda a humanidade pelo meu batismo. Batiza-me agora!". Jesus nunca falou isso!"Deus o predestinou (a João Batista) a ser o último sumo sacerdote, de acordo com sua promessa de redenção."Jesus nos disse que João Batista foi o último profeta, o último sumo sacerdote que passou todos os pecados do mundo para Ele13."Em Mateus 11.11, Deus enviou diante de Jesus o representante de toda a humanidade. João Batista foi o último sumo sacerdote dos homens".14"Aqueles que crêem em Jesus têm sido batizados. Batismo significa: "ser lavado", "ser enterrado", "ser imerso", "transferir".' 0 que significa "batismo"? Significa "passar para"...' 16Batismo não significa "transferir" nem ''passar para". Essa interpretação só é conhecida pelo pastor coreano. Nenhum erudito do grego confirma essa versão do batismo. Trata-se apenas de uma tentativa de Jong para forçar seus ensinos."Mas João Batista testificou: Eu vos batizo com água para que retomeis para Deus. Mas o Filho de Deus virá e será batizado por mim para que todos os seus pecados sejam transferidos para Ele. E se você crer ao ser batizado por mim, todos os seus pecados serão transferidos para Ele, da mesma forma que os pecados foram passados mediante a imposição das mãos no Antigo Testamento. Isto foi o que João testificou".17Isso é pura ficção. Nada disso se encontra nas Escrituras.



UM FALSO PROFETA PODE SER INFLEXÍVEL


"Então Hananias, o profeta, tomou o jugo do pescoço do profeta Jeremias, e o quebrou. E falou Hananias na presença de todo o povo, dizendo: Assim diz o SENHOR: Assim, passados dois anos completos, quebrarei o jugo de Nabucodonosor, rei de Babilônia, de sobre o pescoço de todas as nações. E Jeremias, o profeta, seguiu o seu caminho" (Jr 28.10,11).Paul C. Jong é o principal ou o único pregador do chamado "evangelho da água e do espírito". Embora admita que ninguém mais o pregue, não aceita, porém, que alguém possa ser salvo sem crer nos seus ensinos. Declara: "Portanto, sem fé no batismo de Jesus não podemos ser salvos". E mais: "Será que podemos ser salvos crendo apenas no sangue de Jesus? Isso pode nos dar salvação? Não. Não podemos ser salvos crendo apenas na morte de Jesus na cruz.E continua: "Os evangelistas de hoje, porém, o ignoram completamente e dizem às pessoas que crer em Jesus já é o suficiente para serem salvas. Na verdade, eles estão levando as pessoas para viverem como pecadores por toda a vida e acabarem no inferno.' [...] Se você crer somente na crucificação sem conhecer a verdade da transposição dos pecados, nenhuma quantidade de fé irá conduzir-te a uma completa redenção".20O fundador da New Life Mission segue o perfil dos falsos profetas que vieram antes dele. E inflexível em sua mensagem, negando que alguém possa ser salvo sem aceitá-la. Arroga-se como o único detentor da verdade. Baseia seus ensinos em textos de difícil interpretação, fazendo malabarismos hermenêuticos, tentando ajustar a Bíblia às suas idéias, ao invés de ajustar suas idéias à Bíblia. Faz inúmeras afirmações como se fossem da própria Escritura, quando não passam de produto de sua mente.Por seu próprio site, sabemos que esse movimento tem um pouco mais de dez anos, sendo, porém, relativamente novo. Se ele vai submergir nas areias do tempo, como alguns movimentos heréticos, ou crescer e espalhar-se, como outros, não sabemos. Mas o fato é que tem confundido e desviado muitas pessoas da verdade. De modo algum podemos ficar calados. Antes, precisamos alertar os enganados e até mesmo os enganadores. Embora muitos gostem de fugir dos debates religiosos, as verdades espirituais, no entanto, são as únicas verdades que podem determinar o destino eterno de uma pessoa.Paul C. Jong diz: "Ele [João Batistaj passou todos os pecados para Jesus por meio do batismo. Esta é a jubilosa notícia da redenção, o evangelho".2'Nós, porém, os cristãos, dizemos com a Bíblia: "Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras. E foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras" (lCo 15.3,4). Esta é a jubilosa e verdadeira notícia da redenção, o evangelho !



Notas1 O Tabernácuío: um retrato detalhado de Jesus Cristo, Paul C. Jong, Editora Hephzibah Publishing House, p.35.2 Você verdadeiramente nasceu de novo da água e do esp!rito?, Paul C. Jong, Editora Hephzibah Publishing House, p.11-2.3 lbid., p. 12.4 lbid., p.114.5 lbid., p. 126.6 lbid., p. 148-9.7 lbid., p. 116.8 lbid., p.11.9 lbid., p. 117.10 lbid., p. 84.11 lbid., p. 92.12 lbid., p. 128.13 lbid., p. 129.14 lbid., p. 93.15 lbid., p. 107.16 lbid., p. 128.17 lbid., p. 134.18 lbid., p. 9.19 lbid., p. 114.20 lbid., p.115.21 lbid., p. 113.

APOSTILA HOMILÉTICA

HOMILÉTICA

Por: Anderson Dias Meyer
Introdução

Capítulo I. A origem da homilética

1.1. A origem da palavra
1.2.A origem da conversa
1.3. A origem do discurso
1.4. A Retórica
1.5. A Oratória
1.6. A Homilética

Capitulo II. Homilética e Eloqüência

2.1. A Eloqüência. 1.Voz .............................................................................................................................................
2.Vocabulário ..............................................................................................................................
2.2. Algumas regras de Eloquência ..........................................................................................
2.3. O Assunto .............................................................................................................................
1.Conhecer o assunto .................................................................................................................
2.Ter convicção ..........................................................................................................................
2.4.As Palavras ...........................................................................................................................
1. Propriedade ................................................................................................................................
2. Disposição ...................................................................................................................................
3. Fluência ......................................................................................................................................
4. Elegância ....................................................................................................................................

Capítulo III. Ética no Pulpito ......................................................................................................

3.1. O pregador não precisa aparecer. ........................................................................................

Capítulo IV. Estrutura do Sermão .............................................................................................

4.1. Objetivo, Alvo e Assunto .......................................................................................................
4.2. O que falar quando convidado para Pregar em: ................................................................
4.3. Assunto X Tema ....................................................................................................................
4.4. Texto Bíblico ......................................................................................................................
4.5. Exegese ...............................................................................................................................
4.6. Tema ...................................................................................................................................
4.7. Ilustrações ..........................................................................................................................
4.8. Introdução do Sermão .......................................................................................................
4.9. Corpo do Sermão ...............................................................................................................

Capitulo V. Tipos de Sermões .................................................................................................

5.1. Sermão Temático ............................................................................................................. .
5.2. Sermão Textual .................................................................................................................
5.3. O Sermão Expositivo ........................................................................................................
5.4. Conclusão ...........................................................................................................................
5.5. Apelo ...................................................................................................................................
Referências Bibliográfica...........................................................................................................

Apostila de Homilética Anderson 1.

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA HOMILÉTICA

HOMILÉTICA: É a ciência que estuda os princípios fundamentais do discurso em público, aplicados na proclamação do evangelho. Este termo surgiu durante o Iluminismo, entre os séculos XVII e XVIII, quando as principais doutrinas teológicas receberam nomes gregos, como, por exemplo, dogmática , apologética e hermenêutica.
As disciplinas que mais se aproximam da homilética são a hermenêutica e exegese que se complementam.
HOMILETIKE – (Grego) ensino em tom familiar
HOMILIA – (do verbo homileo ) Pregação cristã, nos lares em forma de conversa.
PREGAÇÃO Ato de pregar a palavra de Deus.
Pregação é o ato de pregar a palavra de Deus. Pregador (aquele que prega), vem do latim, “prae” e “dicare” anunciar, publicar. Apalavra grega correspondente a pregador é “Keryx”, arauto, isto é, aquele que tem uma mensagem (Kerygma) do reino de Deus, uma boa notícia, uma boa-nova – evangelho, “evangelion”.
DEUS, A PALAVRA E O MINISTRO

DEUS



Pregador Ouvinte/comunidade


O pregador dirigi-se a Deus e transmite ao ouvinte a mensagem levando-o a Deus.

Baseando-se em três passagens da vida de Pedro o pregador deve ser:
1 – Aquele que esteve com Jesus - Atos 4:13
2 – Aquele que fala como Jesus – Mateus 26:73
3 – Aquele que fala de Jesus – Atos 40:10
A proclamação do evangelho é trazer as Boas Novas da Salvação. Apresentar ao público Jesus Cristo, seus ensinamentos e seu propósito, para isso, é preciso que o mensageiro tenha uma identificação completa com Cristo. Conhecer a Cristo de forma especial é além de ser convertido Ter certeza de uma chamada (missão) específica para o ministério da palavra o que só é possível a aquele que “esteve com Jesus”.

CARACTERÍSTICAS DE UM PREGADOR

SOB O PONTO DE VISTA ESPIRITUAL
SOB O PONTO DE VISTA TÉCNICO
Chamado para obra (ordenança) Mt 28:19
Dom da palavra Rm 12: 6,7.8
Conhecer Deus Atos 4:13
Conhecimento da palavra II Tm 2:15
Ter uma mensagem Atos 5:20
Manejo da palavra II Tm 2:15
Unção 2 Reis 2.9
Guardar a palavra no coração Sl 119
Autoridade/ousadia Mc 1:21
Instrumento II Tm 2:15

A palavra de Deus afirma que a fé vem pela pregação da palavra e a pregação pela palavra de Cristo”. Rm 10:17. Entretanto, a falta de preparo adequado do pregador, falta de unidade corporal no sermão, falta de vivência real do pregador na fé cristã, falta de aplicação prática às necessidades existentes na igreja, falta de equilíbrio na seleção de textos bíblicos e a falta de um bom planejamento ministerial trazem dificuldades na proclamação da palavra.
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Capítulo I. A origem da Homilética

Antes de falarmos sobre a origem da Homilética propriamente dita, vamos pensar um pouco ( numa rápida incursão pela biologia, psicologia e sociologia ), sobre a origem da palavra.

1.1. A origem da palavra

A palavra é um veículo de comunicação. Ela pode ser expressa por sinais corporais ( gestos ), sonoros ( fala ), gráficos ( escrita ), luminosos ( luzes ) e outros.
A palavra falada ( sonora ) é um fenômeno bio-psíquico-social. Biológico, porque ela só é possível a um ser dotado de um cérebro capaz de comandar um sofisticado sistema nervoso que atue sobre todo um sistema fonador, capaz de articular, detalhadamente, os mais complexos sons da voz. Psicológico, porque esse cérebro tem que produzir pensamentos concretos e abstratos e atuar sobre glândulas secretoras dos mais diversos hormônios, que condicionam as emoções e os estados mentais. E sociológico, porque esse cérebro tem que reconhecer o valor indivíduos de sua espécie e possuir um componente racional que o leve ao sacrifício de desenvolver o complicado sistema de comunicação fundamentado na palavra.

A palavra possui dois elementos básicos: o material ( som ), que recebe o nome especial de vocábulo e o imaterial ( idéia ), que recebe o nome de termo.
Inicialmente, a palavra representava apenas uma idéia normativa, isto é, era o nome de uma coisa, de uma ação ou de um sentimento. A rigor, o nome é uma forma de definição, pois ele identifica e define o objeto, embora de modo parcial e às vezes imperfeito. Depois a palavra passou a representar uma idéia elaborada, isto é, um pensamento completo. Do fonema, ela passou a oração e a frase. Da fonética, foi para sintaxe.
Sem dúvida, foi o convívio social que obrigou o homem a por nomes nas coisas, a organizar as suas idéias e a desenvolver o complicado mecanismo da comunicação oral, baseado na palavra. ( Gn 2:19,20 ).
Muito tempo depois de Ter vocalizado a palavra, o homem inventou a escrita. A escrita. A escrita começou com os pictogramas ( desenhos de coisas ou de figuras simbólicas), passou para os ideogramas ( sinais representativos de idéias ), pelos hieróglifos ( desenhos representativos de sons vocais ) e finalmente chegou às letras ( sinais representativos de sons vocais ).

1.2. A origem da conversa

O convívio social, que levou o homem a inventa a palavra e a frase, produziu também a conversa ou conversação, isto é, a troca de palavras. A conversa é um diálogo
entre duas ou mais pessoas.
Os gregos davam à conversa o nome de Homilia ( de onde nos veio a palavra Homilética ) e o romanos a chamavam de sermonis ( de onde nos veio sermão ).
Note que homilia e sermonis são simples sinônimos que significam apenas conversa.


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1.3. A origem do discurso

O convívio social que produziu a palavra, a frase e a conversa, também produziu o discurso.
Enquanto que a conversa é um diálogo em que o interlocutor tem uma participação direta e real, o discurso é um diálogo em que essa participação é direta, mas de forma imaginária. No discurso, a pessoa que fala, imagina que está trocando idéias com os seus ouvintes e espectadores.
Ninguém sabe quando surgiu o discurso, mas podemos imaginar como ele apareceu. Foi quando alguém teve que alterar a intensidade de sua voz para se comunicar com um grupo de pessoas, pois o discurso tem essas marcas de identidade: a pessoa fala a um grupo. A uma coletividade: e por causa disso, a pessoa tem que falar alto, isto é, tem que aumentar a intensidade ou tonalidade de sua voz. Assim, um pai que tivesse que aumentar o volume de sua voz para orientar ou dar ordens a seus filhos, teria feito um discurso. Um General, que tivesse que se dirigir a seus comandados para orientá-los sobre a batalha, estaria fazendo um discurso.

1.4. A Retórica

Embora não possamos determinar quando nasceu o discurso, podemos dizer quando ele começou a ser estudado como instrumento de comunicação social e quando surgiram as primeiras regras para sua composição.
Desse ponto de vista, podemos dizer que o discurso nasceu na Grécia. Os gregos, que inventaram a democracia, foram os primeiros a estudar as técnicas do discursos.
Na democracia grega, os cidadãos se reuniam nas praças para participarem diretamente nas discussões e nas deliberações sobre os problemas urbanos comuns. Era a democracia direta.
Logo se percebeu que os cidadãos fidantes, de fácil verbo, se expressavam mais adequadamente, dominavam a situação, tornava-se admirados pelas multidões e galgavam os melhores postos na comunidade. Não demorou para que todo o mundo desejasse conquistar os segredos dessa nova arte e nem demorou para que surgissem mestres improvisados, que se espalharam por todo o país.
Assim, a democracia grega não só influenciava o comportamento político de seu povo, mas passava a influir também na educação, determinando-lhe uma nova filosofia educacional. Voltada para a política, a educação adquiria uma nova finalidade: preparar os cidadãos para a vida pública, a fim de que tivessem maior participação nos destinos da sociedade.
Falar em público, tornou-se a coqueluche grega. Era a coisa de que todos precisavam e que deviam aprender. Então surgiu a RETÓRICA.
A palavra retórica é grega e deriva de rêtos, palavra falada. O rétor, entre os gregos, era o orador de uma assembléia. Entre nós, entretanto, a palavra rétor veio a Ter o significado pomposo de “ Mestre de oratória “. O primeiro homem a traçar as normas
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de um discurso foi Córax, um sofista, da cidade de Siracusa, na Grécia, há 500 anos antes de Cristo. Córaxensinava que o discurso deveria Ter a seguinte disposição: Proêmio (Introdução), narração, argumento, observações adicionais e peroração ( Conclusão ).
Sócrates se opôs a retórica dos sofistas por causa do utilitarismo deles e de sua falta de ética, mas reconheceu que ela poderia se revestir de significado, na medida em que se subordinasse à filosofia. Ele viu o perigo de um retórica se ética, de políticos e causídicos imorais, que poderiam usá-la para fins escusos. Ele tinha tanta razão que a palavra demagogo, que significa “ guia do povo ” ou “ líder popular ”, logo passou a significar, pejorativamente, aquele que ilude, que engana o povo, que trapaceia com o povo.
Em sua defesa perante os que o condenaram à morte, Sócrates aceitou o eklogio de que era “ formidável orador ”, mas taxou de “ aleivosias ” todas as acusações sofistas e de falsa a sua retórica. Na introdução, ele disse: “ Não ireis ouvir um discurso como o deles, aprimorados em verbos e adjetivos e em estilo florido, mas de expressões expontâneas, nos termos em que me ocorrem, porque deposito confiança na justiça do que digo ”. E, finalizou: “ O mérito de um juiz está em saber se o que o orador diz é a verdade”.
Plantão, que escreveu sobre a autodefesa de Sócrates, também deu sua opinião sobre a retórica sofista quando, por fedro, Lamenta o seu descaso pelos deuses “. E, Aristóteles, que escreveu um tratado com o titulo “ Retórica ”, segue o pensamento socrático, deixando claro que essa arte deve estar a serviço da verdade.
O maior orador grego foi Demóstenes. Dizem que ele tinha dificultades de falar, que era gago, mas que a poder de muito esforço e intenso treinamento venceu.

1.5. A Oratória

Os romanos, que sofreram grande influência cultural dos gregos, não podiam deixar de se empolgar também com a Retórica, que logo a absorveram com o nome de Oratória ( de oris, boca ). Cícero foi o maior orador romano. Ele se tornou célebre não só pelas causas que defendeu como advogado e político, mas também pelas teorias que expôs sobre a Oratória. Como teórico, entretanto, ninguém superou Quintilião. A melhor e mais completa obra de oratória, da antigüidade é a “ Instituição Oratória ” de autoria.
Os romanos também nada sabiam a respeito da “ retórica sacra ” ou como eles a denominariam: “ oratória sacra ”, pois esta ainda não existia.

1.6. A Homilética

O cristianismo foi, na verdade, a primeira religião universal que o mundo conheceu. Antes deles, as religiões eram nacionais, tribais ou apenas familiares. O próprio judaísmo, que foi o berço do cristianismo, foi assim. Começou como uma religião familiar ( de Adão a Abraão ), tornou-se tribal ( de Abraão a Moisés ) e chegou a ser nacional ( de Moisés à destruição de Jerusalém, no ano 70 ª D. ).

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Na antigüidade, as religiões faziam parte da vida das pessoas de maneira natural e integral ( totalitária ). O indivíduo se identificava com o grupo pela raça, religião e política. Não havia, naquele tempo ( o que é hoje ), as divisões entre vida social, civil, militar, política, religiosa, etc. Tudo se confundia numa só identidade. Por isso, os atos políticos tinham caráter religioso e vice-versa, os cultos eram rituais e a liturgia, essencialmente cênica. A educação religiosa era doméstica ( assistemática ) e tradicional. Tudo era feito em família e ninguém se preocupava em comunicar sua religião a pessoas de outras raças. Os deuses eram nacionais, tribais ou familiares. A supremacia de um povo sobre outro, no caso de um conflito militar, era sempre interpretada como prova da superioridade de sua raça e de seus deuses. Por isso, nas religiões não havia lugar para a pregação.
Os próprios gregos, que inventaram a Retórica, e os romanos que a aperfeiçoaram com o nome de Oratória, nada sabiam sobre sua aplicação à religião. Isto porque os antigos não sentiam a necessidade de pregar a fé, de divulgar seus conceitos religiosos ou de fazer da religião uma matéria de comunicação social.
Mesmo entre os hebreus, que tinham uma mensagem universal e que se reconheciam detentores das verdades reveladas por Iavé, não havia a preocupação de comunicar essas verdades a outros povos. Os profetas hebreus, que falaram, que pregaram ou que escreveram dirigiram-se sempre ao ( ou ) contra o seu próprio povo.
Embora bem mais tarde surgisse, entre os judeus, uma seita proselitista ( a seita dos fariseus ), que chegou até a ser missionária, coube ao cristianismo, por ser religião universal e eminentemente missionária, a tarefa de criar a Retórica ou a Oratória Sacra que, no século XVII chamou-se Homilética.
A palavra homilética, como já vimos, vem de homilia, que significa conversa ou conversação. Com o decorrer do tempo, essa palavra, como a latina sermonis, sofreram uma alteração semántica e vieram a significar discurso.
A Homilética nasceu quando os pregadores cristãos começaram a estruturar suas mensagens, seguindo as técnicas da retórica grega e da oratória romana Somente conhecendo a história podemos hoje admitir que a homilética ( que deveria ser a arte da conversação ) seja sinônimo de Retórica ( ou Oratória ), aplicada à religião.
Se Retórica e Oratória são sinônimo usado para identificar o discurso sacro, religioso, cristão. Como tal, ela se despontou no século IV, com os pregadores gregos Basílio e Crisóstomos ( boca de ouro ) e com os latinos Ambrósio e Agostinho.
A parti da Reforma, quando a Bíblia passou a ser o centro da pregação e quando os sermões deixaram de ser apenas discursos éticos ou litúrgicos para se transformarem em mensagens verdadeiramente evangélicas, a homilética passou a ser a arte da pregar o Evangelho.
Ela ajuda o pregador a descobrir as várias alternativas do uso de texto, tornando mais fácil a sua tarefa, enriquecendo os seus sermões e tornando-os mais apreciados. A homilética põe o conteúdo do sermão em ordem. É a arte de ordenar as idéias do pregador para que elas sejam entendidas pelos ouvintes.

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Capitulo II. Homilética e Eloqüência
2.1. A Eloqüência
Eloqüência é um termo derivado do Latim Eloquentia que significa: Elegância no falar bem, ou seja, garantir o sucesso de sua comunicação, capacidade de convencer. É a soma das qualidades do pregador. Não é gritaria, pularia ou gritaria ou pancadaria no púlpito. A elocução é o meio mais comum para a comunicação; portanto deve observar o seguinte:
1. Voz – A voz, é o principal aspecto de um discurso.
Audível. Todos possam ouvir.
Entendível. Todos possam entender. Pronunciar claramente as palavras. Leitura incorreta, não observa as pontuações e acentuações.
2. Vocabulário – quantidade de palavras que conhecemos.
Fácil de falar – comum a todos, de fácil compreensão – saber o significado.
Evitar as gírias, linguagem incorreta, ilustrações impróprias.

2.2. Algumas regras de Eloquência
- Procurar ler o mais que puder sobre o assunto a ser exposto.
- Conhecimento do publico ouvinte.
- Procurar saber o tipo de reunião e o nível dos ouvintes.
- Seriedade pois o pregador não é um animador de platéia.
- Ser objetivo, claro para não causar nos ouvintes o desinteresse.
- Utilizar uma linguagem bíblica.
- Evitar usar o pronome Eu e sim o pronome Nós.

A palavra eloqüência vem do latim “ eloqüentia ” e significa o ato ou o efeito de se falar bem. Na oratória romana, era a parte que tratava da propriedade, disposição e elegância das palavra. Na eloqüência é mais do que apenas falar bem ( com palavras certas, bem colocadas e elegantes ). A eloqüência é a capacidade de convencer pelas palavras.
As palavras esclarecem, orientam e movem as pessoas. O orador que consegue mover as pessoas, presuadindo-as a atacarem as suas palavras, é eloqüência é a capacidade de persuadir pela palavra.
Há quatro maneiras de persuadirmos ou convencermos alguém a seguir a nossa orientação:

1. Pela força física ( braços e armas ): GUERRA
2. Pela força pessoal ( exemplo ): PSICOLOGIA
3. Pela força social ( costumes e leis ): DIREITO
4. Pela força verbal ( falada ou escrita ): RETÓRICA
A eloqüência, pois, pode ser definida como o conjunto de qualidade de um orador, que leva seus ouvintes a atacarem as suas palavras.
E, para um pregador seja eloqüênte é preciso que ele saiba se comunicar. Há uma relação muito íntima entre a comunicação.
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Pela conceituação acima, vê-se que a eloqüência é o meio da Retórica não só alcançar a sua finalidade, mas também de se firmar como arte, pois se a finalidade da Retórica ( Orátoria e Homilética ) é a persuação, então, é pela eloqüência que ela atinge esse objetivo. E, se a arte é a capacidade de expressar o belo, é pela eloqüência que a Retórica mostra toda a sua beleza.

2.3. O Assunto
1.Conhecer o assunto
O pregador precisa saber o que está falando para poder convencer os outros. A demonstração de que ele domina o assunto, inspira confiança nos ouvintes e lhes facilita a aceitação.
Para isso, o pregador, precisa ser estudioso, pesquisador e observador atilado.


2. Ter convicção
Convicção é a certeza de que se está falando a verdade absoluta. Pela convicção, o pregador envolve o seu intelecto e o seu caráter naquilo que está falando. O pregador eloqüênte precisa revelar não só que está dizendo as coisas certas e, para isso empenha a sua palavra, mas que está sendo movido por motivos honestos. A convicção é mais do que apenas concordância intelectual com a verdade. Ela diz respeito ao caráter do pregador. O pregador eloqüênte revela tranqüilidade diante da desconfiança e do ceticismo de seus interlocutores. Vale dizer que o pregador prescisa crer naquilo que se prega. Se não crê no que diz, porque o diz? Se é imoral vender-se como bom um produto que o próprio vendedor duvida da sua qualidade , como o podemos oferecer Cristo como Salvador do mundo se ainda não o experimentamos como tal? Qualquer persuasão baseada na mentira é fraude. Um pregador sem fé, sem convicção, é um mentiroso, um falsário, um vigarista, um demagogo.

2.4. As Palavras
Vamos adotar a divisão estabelecida pela oratória romana, a saber:

1. Propriedade
A propriedade das palavras consiste no conhecimento exato de sua forma (morfologia oral e escrita), origem ( etimologia), significado atual (semântica ou semiologia) e significado contextual ( sintaxe).
Para isso, o pregador tem que ser amigo da Gramática e da Lexicografia. Deve Ter uma boa Gramática de Língua Portuguesa, um bom dicionário Etimológico e um bom dicionário Teologico, atualizado nos verbetes e na ortografia. Só conhecendo bem as palavras, o pregador pode evitar os barbarismos.

2. Disposição
A palavras devem ser colocadas na ordem lógica ou psicologica, segundo as regras gramáticais. A sintaxe estabelece as regras para a colocação das palavras na
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oração e a oração no discurso, visando a construção gramatical correta. O pregador deve aprender as regras gramaticais e ler bons autores para evitar solecismos.

3. Fluência
Facilidade de pronúcia. As palavras devem ser livres, bem pronuciadas e bem colocadas.
4. Elegância
A elegância no falar depende: 1) do conhecimento da língua ( como acima exposto ): 2) da criatividade ( habilidade de construir as frases com inteligência e sencibilidade, valendo-se de tropos e figuras de linguagem ) e 3) dicção ( capacidade de articular corretamente a voz ). A boa dicção depende: a) da pronúncia correta da palavra; b) do timbre da voz; e c) da impostação da voz. A dicção determina a clareza e a beleza da pronúncia. O pregador que cuida da elegância de suas palavras, não comete cacófatos nem gíria.


Capítulo III. ÉTICA NO PÚLPITO

“A primeira impressão é a que fica”;
“Em meio ao desenvolvimento da reunião, atravessa todo o corredor principal, aquele que será o pregador do encontro. Toda atenção está voltada para ele, que observado é dos pés a cabeça.”
Seu comportamento, imagem e exemplo é atributo influente na transmissão da mensagem como um todo. Devemos considerar que, quando existe uma indisposição do ouvinte para com o mensageiro, maior será sua resistência ao conteúdo da mensagem.
Não existe uma forma correta de se apresentar. Esteja de acordo com o local e a ocasião, sobretudo as mulheres. Nos homens o uso do “terno e gravata” é adequado a quase todos os locais e ocasiões.
Como são os membros da igreja que visita? Quais são as características da denominação? Qual é o horário de início e término do culto? Em que bairro se localiza?

Observe com atenção estes aspectos errados que devem ser considerados pelo pregador:

ë Fazer uma Segunda e auto-apresentação;
ë Manter a mão no bolso ou na cintura o tempo todo;
ë Molhar o dedo na língua para virar as páginas da bíblia;
ë Limpar as narinas, cocar-se, exibir lenços sujos, arrumar o cabelo ou a roupa;
ë Usar roupas extravagantes;
ë Apertar a mão de todos. (basta um leve aceno)
ë Fazer gestos impróprios;
ë Usar esboços de outros pregadores, principalmente sem fonte;
ë Contar gracejos, anedotas ou usar vocabulário vulgar.
ë Não fazer a leitura do texto ( Leitura deve ser de pé)
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ë Evitar desculpas, você começa derrotado ( não confundir com humildade);
ë Chegar atrasado;

3.1. O pregador não precisa aparecer.

Quando convidado para pregar em outras igrejas, o pregador deve considerar as normas doutrinárias, litúrgicas e teológicas da igreja em questão.
1 – Evite abordar questões teológicas muito complexas;
2 – Não peça que a congregação faça algo que não esteja de acordo com os preceitos;
3 – Procure estar dentro dos padrões da denominação;
4 – Procure dar conotações evangelísticas a mensagem;
5 – Respeite o horário ( mesmo que seja pouco tempo );
6 – Converse sempre com o Pastor antes do início do culto.

Obs.
A) Caso não concorde com alguns aspectos, não aceite o convite.
B) Doutrina e mudanças cabem ao pastor da igreja
C) Se acredita Ter recebido uma mensagem de Deus dentro desses aspectos: Fale com o Pastor.

Capítulo IV. ESTRUTURA DO SERMÃO

Qualquer explicação requer organização, ordenação, lógica e clareza. Sendo o sermão uma explicação da palavra e vontade de Deus esse deve ser didático. A prática de pregações através dos tempos levou o estudiosos do assunto a relacionarem alguns elementos básicos que devem estar presentes nos sermões, dando a eles uma estrutura que facilita o desenvolvimento da mensagem. Esses elementos, Alvo, texto, tema, introdução, corpo, conclusão e apelo compõem o que chamamos de estrutura do sermão são imprescindíveis pois norteiam a linha de pensamento do pregador direcionando o ouvinte para o conteúdo da mensagem.
ALVO OU OBJETIVO – Neste momento do sermão, o objetivo ou assunto , o pregador deverá ser inspirado por Deus. É exatamente aqui que ele recebe a mensagem que tem a pregar e a partir deste ponto estruturá-la para levar a igreja. Se você não tem nada para falar, não fale nada. Se o Espírito Santo lhe der algo a falar, fale, mas fale direito.
TEXTO BÍBLICO – O assunto do sermão deverá ser baseado em um texto bíblico.
TEMA – Para que o ouvinte possa Ter uma idéia do que você tem a falar é imprescindível o emprego de um tema. O ouvinte realmente estará adentrando no seu sermão.

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INTRODUÇÃO – Começar bem é provocar interesse e despertar atenção. Aproximar o ouvinte do sermão e dar a ele uma noção ou explicação do que vai ser falado.
CORPO - Essa é a principal parte. Onde deverá está o conteúdo de toda mensagem, ordenado de forma lógica e precisa.
Neste ponto também deverão ser abordadas algumas aplicações utilizadas durante o sermão como, ILUSTRAÇÕES, FIGURAS DE LINGUAGEM, MATERIAL DE PREPARAÇÃO.
CONCLUSÃO – “Uma conclusão desanimada, deixará os ouvintes desanimados”. Baseados no objetivo específico do sermão a conclusão é uma síntese do mesmo e deve ser uma aplicação final à vida do ouvinte.
APELO – Um esforço feito para alcançar a consciência, o coração e a vontade do ouvinte. São os frutos do sermão.

4.1. OBJETIVO, ALVO E ASSUNTO

O objetivo da homilética, de uma forma geral, é a conversão, a comunhão, a motivação e a santificação para vida cristã.
O assunto de uma mensagem é algo particular entre o pregador e Deus.
Para ter assunto é preciso viver em comunhão e oração para que o Espírito Santo possa falar em seu coração.
A grande questão é: como Deus fala conosco? A forma de Deus falar é individual e peculiar.
Algumas pessoas acreditam que Deus fala somente de forma sobrenatural. Entretanto, Deus pode falar com você de todas as formas possíveis, fique atento, inclusive aquelas que você menos imagina. No ônibus, em casa, no trabalho, no banho, lendo a bíblia, olhando a paisagem, ouvindo uma mensagem, conversando, pensando, através de pessoas ou coisas, em sonho, em revelação, no meio de uma crise, ouvindo testemunhos, através de crianças, ouvindo uma música, em seu lazer, em um acidente, uma lição de vida, viajando, etc.

4.2. O QUE FALAR QUANDO CONVIDADO PARA PREGAR EM :

* CONGRESSOS E CONFRATERNIZAÇÕES
Neste caso os assuntos são apresentados pelos organizadores do evento. Para o pregador, o desafio está em desenvolvê-lo. Tenha intimidade com Deus para transmitir exatamente o que Ele quer falar.
Embora exista um tema, normalmente, este é geral, podendo o pregador ser mais específico.
Exemplo: TEMA DO CONGRESSO: “A videira verdadeira” João 15: 1 a 8
Você pode falar sobre: “Como o cristão pode Ter uma vida frutífera” , “Por que o cristão deve Ter uma vida frutífera?” ou até mesmo , “Os frutos da videira na vida do cristão”, utilizando outros textos e inserindo um subtema.

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* DATAS COMEMORATIVAS/ CULTOS ESPECIAIS

Situações onde o assunto é uma explicação do momento. São cultos realizados em virtude de acontecimentos específicos na igreja local.
Dentre os cultos especiais podemos destacar:
· Casamento
· Natal
· Aniversariantes
· Dízimos
· Batismo
· Consagração
· Aniversário da Igreja
· Posse
· Cultos dos departamentos ( Juventude, irmãs, crianças, etc.)
· Nascimento e apresentação de bebês
· Funeral
· Doutrinário
· Evangelístico

Atenção! Conheça e domine os textos bíblicos para explorar estes assuntos mais facilmente.
“Para pregar, o pregador leigo deve combinar ou casar o assunto do sermão com um texto da palavra de Deus”.

4.3. ASSUNTO X TEMA

Assunto é o objetivo que você deseja alcançar por inspiração de Deus e o tema é como você vai dizer para o público qual é o seu objetivo.

4.4. TEXTO BÍBLICO

O texto bíblico é a passagem bíblica que serve de base para o sermão.
Esse texto deverá fornecer a idéia ou verdade central do sermão. Nunca se deve tomar um texto somente por pretexto, e logo se esquecer dele.
Segundo Jerry Stanley Key, existem algumas vantagens no uso de um texto bíblico:

1 - O texto dá ao sermão a autoridade da palavra de Deus.
2 - O texto constitui a base e alma do sermão;
3 - Através da pregação por texto o pregador ensina a palavra de Deus;
4 - O uso do texto ajuda os ouvintes a reter a idéia principal do sermão;
5 - O texto limita e unifica o sermão;
6 - Permite uma maior variedade nas mensagens;
7 - O texto é um meio para a atuação do Espírito Santo.
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4.5. EXEGESE

Exegese é o trabalho de exposição de um texto bíblico.

DEZ PASSOS PARA UMA BOA EXEGESE

1 - Leia o texto em voz alta, comparando com versões diferentes para maior compreensão.
2 - Reproduza o texto com suas próprias palavras. (Fale sozinho)
3 - Observe o texto imediato e remoto.
4 - Verifique a linguagem do texto ( história, milagre, ensino, parábola, profecia, etc.)
5 - Pesquise o significado exato das principais palavras;
6 - Faça anotações;
7 - Pesquise o contexto ( época, país, costumes, tradição, etc.)
8 - Pergunte sempre onde? Quem? O que? Por que?
9 - Organize o texto em seções principal e secundárias;
10 - Resuma com a seguinte frase: “O assunto mais importante deste texto é...”

4.6. TEMA

O tema do sermão contém a idéia principal e o objetivo da mensagem. Deve ser estimulante e despertar o interesse, a curiosidade e a atenção do ouvinte. Deve ser claro, simples e preciso bem como, oportuno e obedecer o texto.
Para se desenvolver um bom tema o pregador precisa Ter criatividade, hábito de leitura, visão global do sermão e ser sintético.

TIPOS DE TEMAS:

Interrogativo: Uma pergunta, que deve ser respondida no sermão.
Ex.: Onde estás? Que farei de Jesus? Tenho uma arma o que fazer com ela?

Lógico: Explicativo.
Ex.: O que o homem semear, ceifará; Quem encontra Jesus volta por outro caminho.

Imperativos: Mandamento, uma ordem; Caracteriza-se pelo verbo no modo imperativo.
Ex.: Enchei-vos do espírito; Não seja incrédulo; Não adores a um Deus morto.

Enfáticos; Realçar um aspecto específico;
Ex.: Só Jesus salva; Dois tipos de cristãos;

Geral: Abrangente, aborda um assunto de forma geral sem especificá-lo.
Ex.: Amor; fé, esperança.


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4.7. ILUSTRAÇÕES

São recursos usados para o enriquecimento, e o esclarecimento de uma mensagem, quando devidamente aplicada.
O senhor Jesus sempre tinha uma boa história para iluminar as verdades que ensinava ao povo.
O significado do termo ilustrar é tornar claro, iluminar, esclarecer mediante um exemplo, ajudando o ouvinte a compreender a mensagem proclamada. O bom uso da ilustração desperta o interesse, enriquece, convence, comove, desafia e estimula o ouvinte, valoriza e vivifica a mensagem, além de relaxar o pregador.
A ilustração não substitui o texto bíblico apenas tem uma função psicológica e didática, para tornar mais claro aquilo que o texto revela.
As ilustrações devem ser simples, está correlacionadas com a mensagem, devem fornecer fatos de interesses humanos e devem Ter um ponto alto ou clímax

Obs.: OS EXEMPLOS BÍBLICOS SÃO AS MELHORES ILUSTRAÇÕES.

As ilustrações podem ser:

HISTÓRICA E CONTEXTUAL: Quando se aplica um conhecimento histórico ou explicação do contexto em que o texto está inserido. Exemplos:
a) Fundo da agulha – Porta estreita na cidade de Jerusalém onde, os mercadores tinham dificuldades de passar com os camelos. Mateus 19:24.

CONHECIMENTO INTELECTUAL: Envolve o conhecimento científico, psicológico, técnico e cultural. Exemplos:
v Técnico científico – A antena da TV recebe todas as frequências ao mesmo tempo entretanto, quando escolhemos um canal, através da sintonia, estamos selecionando uma determinada frequência.

METAFÓRICA OU ALEGÓRICA: Quando são empregadas figuras metafóricas como histórias e estórias. Exemplos
· Ao se aproximar da cidade do Rio de Janeiro um indivíduo reparou que o cristo redentor não era tão grande como pensava, parecia até mesmo ser menor do que seu dedo. No centro da cidade observou que estátua teria aumentado e já estava praticamente do seu tamanho, resolveu então ir até o monumento. No pé do corcovado ficou admirado com as proporções maiores do símbolo da cidade. Chegando então aos pés do cristo redentor ele pode perceber , como lhe disseram, que aquele era bem maior do que ele.
EXPERIÊNCIA PESSOAL: Testemunhos. Exemplos
· Neste tipo de ilustração o pregador relata fatos verídicos que demonstram a atuação de Deus, através de milagres, em sua vida ou de outras pessoas. Todos as respostas
que Deus atendeu realizando curas, transformações, salvação, livramentos, libertação, etc.
Apostila de Homilética Anderson 14.

Use no máximo duas ilustrações por sermão. Toda ilustração deve Ter uma aplicação e devem ser comentadas com simplicidade e naturalidade.

4.8. INTRODUÇÃO DO SERMÃO

Começar é difícil. Muitos escritores escrevem a introdução quando terminam o livro.
Alguém disse: “O pregador começou por fazer um alicerce para um arranha-céu, mas acabou construindo apenas um galinheiro”.
A introdução é tão importante quanto a decolagem de um avião que, deve ser bem perfeita para um vôo estabilizado. Ela, por certo, deve envolver o ouvinte, despertar o interesse e curiosidade e, também, ser um meio de conduzir os ouvintes ao assunto que está sendo tratado no sermão. Uma boa introdução dá ao pregador segurança, tranquilidade, firmeza e liberdade na pregação.

Tipos de introdução: Você pode usar um destes tipos para iniciar um sermão:
1 – ILUSTRATIVA – Uso de uma ilustração na introdução.
Imagine que o assunto que será abordado seja complexo e abstrato. Então, comece com uma ilustração que explique e esclareça o que pretende dizer.

2 – DEFINIÇÃO – Explicação detalha de um determinado conceito.
Explique para o ouvinte o que tem a dizer. Dê a ele conceitos significados de símbolos, termos e assuntos que ele provavelmente não conheça.
Em um sermão onde o assunto é a PAZ, o pregador explicou, na introdução, o que é a paz, seus significados no velho e novo testamento, evolução lingüística do termo paz e a aplicação termo hoje.
3 – DIVISÃO – Quando se fala de características opostas. Mostre os dois lados da moeda.
Lendo o texto de Romanos 8: 1 a 17 é possível observar como Paulo trata de dois assuntos opostos, vida através do espírito e vida através da carne.
A introdução por divisão é aquela em que se fala ou compara assuntos como, “paz e guerra”, “amor e ódio”, “salvação e perdição” , “vida cristã e vida mundana”, etc.
4 – CONVITE – Convidar o ouvinte para participar e agir. Leve o ouvinte à ação.
Use os verbos no imperativo.
Analisando o texto de Isaías 55 podemos observar que há um predomínio de verbos (vinde, inclinai, vede, buscai, deixe, invocai etc ) no IMPERATIVO, que caracterizam um convite e ao mesmo tempo uma ordem. Dessa forma o ouvinte está sendo estimulado a agir, fazer ou participar.
5 – INTERROGAÇÃO – Uma pergunta (deverá ser respondida no corpo do sermão).
Para sermões onde o tema é uma pergunta é interessante que esta seja bem explorada na introdução. Observe que, se estamos falando sobre morte ou salvação cabe aqui uma pergunta como “Para onde iremos nós?”, que deve levar o ouvinte a uma reflexão profunda, e para reforçar pode-se usar o texto de Lucas 12:20 “Mas Deus lhe

Apostila de Homilética Anderson 15.

disse: Insensato, esta noite te [pedirão] a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?”
As perguntas da introdução devem ser respondidas no corpo do sermão.
6 – SUSPENSE – A mensagem principal está oculta e será esclarecida no corpo do sermão.
7 – ALUSÃO HISTÓRICA – Explicar o contexto histórico.
Explique o contexto do texto em que será aplicada a mensagem ( época, país, costumes, tradição, etc.). Observe o texto de João 4: 1 a 19. Caso sua mensagem esteja baseada neste texto, introduza com uma explicação detalhada das relações entre os Judeus e os Samaritanos, as relações entre os homens e as mulheres, a lei acerca do casamento, a origem do poço de Jacó, etc.

CARACTERÍSTICAS DA INTRODUÇÃO
Uma introdução bem estruturada, deve apresentar algumas características como, clareza e simplicidade, deve ser um elo de ligação com o corpo do sermão e uma ordenação de pensamentos de forma lógica e sistematizada e, não deve prometer mais do que se pode dar. É preciso estar atento para o tempo de duração da introdução que, deve ser breve e proporcional ao sermão. Evitar desculpas que possam trazer uma má impressão.

4.9. CORPO DO SERMÃO

Esta deve ser a principal parte do sermão. Aqui o pregador irá expor idéias e pensamentos que deseja passar para os ouvintes. As divisões devem ser desenvolvidas de acordo com a realidade de hoje. Depois de Ter estudado e de fazer uma boa exegese do texto que será usado no sermão deve-se ensinar e aplicar os propósitos de acordo com os nossos dias.
As divisões devem Ter significados para os ouvintes e, não devem se desviar da mensagem principal que é a coluna do sermão, o objetivo será finalizado e apresentado na conclusão.
É necessário ser vocacionado para o Dom da palavra, mas podemos aprender algumas técnicas que podem ajudar ao pregador no preparo do sermão.

COMO TIRAR PONTOS DO TEXTO
1 – Leia todo o texto. Ex.: Atos 2: 37 a 47
2 – Procure a idéia principal do texto. (Observe o subtema, o contexto, e a situação)
3 – Procure os principais verbos e seus complementos
4 – Com base nos verbos retirados crie frases (divisões) que os complemente e que, passem uma idéia ou estejam ligadas com a mensagem a ser pregada.
5 – Organize as frases dentro da idéia principal.
· Faça o mesmo para Salmos 1:1 e 2 e desenvolva divisões para o seguinte sermão
“As quatro maneiras de ser bem-aventurado”.

Apostila de Homilética Anderson 16.

CARACTERÍSTICAS DO CORPO DO SERMÃO
As divisões retiradas do texto devem se apresentar de forma ordenada no sermão para que não haja uma confusão de idéias. O ouvinte precisa acompanhar o seu desenvolvimento . “Cada divisão, subdivisão, e até ilustrações e explicação, tem que apontar na direção do alvo e em ordem de interesse”. Cada ponto deve discutir um aspecto diferente para que não haja repetição.
As frases devem ser breves e claras. As divisões servem para indicar a linha de pensamento a serem seguidas ao apresentar o sermão. Entretanto, deve-se fazer uma discussão que é o descobrimento das idéias contidas nas divisões.

Capitulo V. TIPOS DE SERMÕES

Tradicionalmente encontramos, praticamente em todos as obras homiléticas, três tipos básicos de sermões:
SERMÃO TEMÁTICO: Cujos argumentos (divisões) resultam do tema independente do texto;
SERMÃO TEXTUAL: Cujos argumentos (divisões) são tiradas diretamente do texto bíblico;
SERMÃO EXPOSITIVO: Cujos argumentos giram em torno da exposição exegética completa do texto.

5.1. SERMÃO TEMÁTICO

É aquele em que toda a argumentação está amarrada em um tema, divide-se o tema e não o texto, o que permite a utilização de vários textos bíblicos.
Observe o exemplo: Tema: “A PAZ QUE SÓ JESUS PODE DAR...”
1 – ...ilumina nosso caminho Lucas 1:79
2 – ...liberta a nossa mente de pensamento perturbador João 14:27
3 – ...retira sentimento de medo João 20:19 e 20
4 – ...salva João 3:16

Repare que cada tópico (divisão) apresenta uma característica da “Paz” proposta pelo tema, mas, para cada ponto há um texto diferente, ou seja, a base do sermão é a “Paz de Jesus” que é abordada em diversos textos bíblicos.
É necessário aplicar um texto bíblico em cada divisão do tema para não atrair muito a atenção para o pregador em detrimento da palavra de Deus. Deve-se evitar divagações e generalizações vazias e inexpressivas.
O sermão temático exige do pregador mais cultura geral e teológica, criatividade, estilo apurado, contudo, o sermão temático conserva melhor a unidade.

COMO RETIRAR IDÉIAS E ARGUMENTOS (DIVISÕES) DO TEMA
· Escolher o tema – (Criar frases, retirar de textos bíblicos ou de outras fontes);
· Analisar o tema – (repetir e refletir várias vezes);
· Pergunte-se, o que deve falar sobre o tema;

Apostila de Homilética Anderson 17.

· Extrair a principal palavra ou frase do tema – (Ela pode se repetir nos argumentos);
· Separe no mínimo 3 argumentos ligados ao tema;
· Pesquisar passagens bíblicas que se refiram aos argumentos.;
· As divisões são explicação ou respostas do tema.

ATIVIDADES
1 – Crie três argumentos (divisões) que expliquem o seguinte tema:
Tema: “Quem ama a Deus é correspondido”.
1 - ___________________________________________________ Textos: I Cor 8:3 I João 4:20.1
2 - ___________________________________________________ Rom 8:39 I João 4:9
3 - ___________________________________________________ João 3:16

5.2. SERMÃO TEXTUAL

É aquele em que toda a argumentação está amarrada no texto principal que, será dividido em tópicos. No sermão textual as idéias são retiradas de um texto escolhido pelo pregador.
Como já estudamos anteriormente, aqui estão algumas dicas para tirar pontos do texto.
As divisões do sermão textual podem ser feitas de acordo com as declarações originais do texto. Ou se utilizar de uma análise mais apurada baseando-se em perguntas como: Onde? Que? Quem? Por que? Que deverão ser respondidas pelas declarações ou frases do texto. E ainda pode-se dividir por inferência, as orações textuais são reduzidas a expressões sintéticas que encerra o conteúdo.

COMO TIRAR PONTOS DO TEXTO

1 – Leia todo o texto.
2 – Procure a idéia principal do texto. (Observe o subtema, o contexto, e a situação)
3 – Procure os principais verbos e seus complementos. Lembre-se verbo é ação.
4 – Procure os sentidos expressos nas representações simbólicas, metáforas e figuras.
4 – Com base nos verbos e significados retirados crie frases (divisões) que os complemente e que, passem uma idéia ou estejam ligadas com a mensagem a ser pregada.
5 – Organize as frases dentro da idéia principal.– Leia todo o texto. Ex.:

Observe o exemplo: Texto: Salmo 40:1-4
Tema: Nem antes, nem depois, no tempo de Deus.
Introdução: (Definição) Esperança significa expectação em receber um bem. O mundo é imediatista.
Corpo: O que acontece quando você espera no senhor?
1 – Ele te retira da condição atual. ( Qual é o seu lago terrível? )
2 – Ele te coloca em segurança, na rocha. ( Te dá visão para solucionar o problema )
3 – Ele requer a sua adoração, um novo cântico. ( Adorar em Espírito e verdade )
Apostila de Homilética Anderson 18.

4 – Ele te faz testemunha, muitos o verão. ( serme-eis testemunha )

Repare que cada tópico (divisão) apresenta um termo ou uma passagem do texto. De tal forma que o texto pode ser bem explorado pelo pregador.
Deve-se evitar divagações e generalizações vazias e inexpressivas.
O sermão textual exige do pregador conhecimento do texto, contexto e cultura bíblica.

ATIVIDADES:

1 – Crie três argumentos (divisões) para o seguinte sermão textual:
Texto: Tiago 3: 17
Tema: A sabedoria que vem Deus.
Introdução: ( Divisão ) Sabedoria terrena.
Corpo: A sabedoria que vem do alto é:
1 – _________________________________________________________________
2 – _________________________________________________________________
3 – _________________________________________________________________

5.3. O SERMÃO EXPOSITIVO

É aquele que explora os argumentos principais da exegese, hermenêutica e faz uma exposição completa de um trecho mais ou menos extenso. O sermão expositivo é uma aula, uma análise pormenorizada e lógica do texto sagrado. Este tipo do sermão requer do pregador cultura teológica e poder espiritual.
O sermão expositivo é o método mais difícil, apreciado pelos que se dedicam à leitura e ao estudo diário e contínuo da bíblia, deve ser feito uma análise de línguas, interpretação, pesquisa arqueológica, e histórica, bem como, comparação de textos.

CARACTERÍSTICAS DO SERMÃO EXPOSITIVO

· Planejamento
· Poder abordar um grande texto ou uma passagem curta;
· Interpretação mais fiel;
· Análise profunda do texto;
· Unidade, idéias subsidiárias devem ser agrupadas com base em uma idéia principal;
· Não é suficiente apresentar só tópicos ou divisões;
· Tempo de estudo dos pontos difíceis;
· Pode ser abordado em série.

É muito comum o uso do sermão expositivo em pregações seriadas como conferências e estudo bíblico.

Apostila de Homilética Anderson 19.

5.4. CONCLUSÃO

É o clímax da aplicação do sermão
“Para terminar!” , “Concluindo”, “Só para encerrar”, “Já estamos terminando”.
Você já ouviu estas frases? Muitas pessoas não sabem terminar uma conversa, ficam dando voltas ou se envolvem em outros assuntos, sem ao menos perceber que o tempo está passando e o ouvinte já está angustiado com a demora.
Assim, muitos pregadores não sabem ou não conseguem concluir um sermão. Isso acontece por que estes não preparam um esboço e suas idéias estão desordenadas, logo, não conseguem encontrar uma linha condutora da conclusão do sermão.

COMO DEVE SER A CONCLUSÃO ?

1 – Apontar o objetivo específico da mensagem;
2 – Clara e específica;
3 – Resumo do sermão (o sermão em poucas palavras)
4 – Aplicação direta a vida dos ouvintes;
5 – Pequena;
6 – Faça um desfecho inesperado.

Logo, uma boa conclusão deve proporcionar aos ouvintes satisfação, no sentido de haver esclarecido completamente o objetivo da mensagem. É preciso Ter um ponto final para que o pregador não fique perdido.

OBS.: NÃO DEVE PREGAR UM SEGUNDO SERMÃO

5.5. APELO

Um esforço feito para alcançar o coração, a consciência e a vontade do ouvinte.
Apelo não é apelação.
Dois tipos de apelos:

· CONVERSÃO/RECONCILIAÇÀO – Aos ímpios e aos desviados.
· RESTAURAÇÃO – A igreja

COMO DEVE SER O APELO ?

1 – Convite
2 – Impactante e direto
3 – Não forçado ou prolongado
4 – Logo após a mensagem.


Apostila de Homilética Anderson 20.

No apelo você deve dizer ao ouvinte o que ele deve fazer para confirmar a sua aceitação. Seja claro e mostre como ele deve agir.

· Levantar as mãos;
· Ir a frente;
· Ficar em pé;
· Procurar uma igreja próxima;
· Conversar com o pastor em momento oportuno.


Referências Bibliográficas

SILVA, Plinio Moreira da. Homilética a Eloqüência da Pregação. 6 edição. Editora A. D. Santos Editora. Curitiba Pr. 1999

BRAGA, James. Como Preparar Mensagens Bíblicas. 11 edição. Editora Vida. São Paulo SP. 1997

MACALÃO, Paulo Leivas. Apostila de Homilética. STPLM. Brasília DF.

GONÇALVES, Pr Ilton. Apostila Conhecimento de Homilética.